- O CENTRO DA NOSSA FÉ: O centro da nossa fé é o
Pai, o Filho e o Espírito Santo. Nenhum verdadeiro filho de Deus questiona
essa verdade. Quanto mais focarmos
em Cristo, menos problemas teremos entre nós. Com respeito a esse fato
somos específicos, isto é, não abrimos mão da verdade a respeito da pessoa
e obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Se alguém não concorda com
isso, é possível que essa pessoa não tenha experimentado o novo
nascimento. Nunca será demais enfatizar Cristo; nunca será demais
enfatizar o amor e a obra do Pai; nunca será demais enfatizar o operar
interior do Espírito. Pelo contrário, a
ênfase no centro da nossa fé só nos fará estar mais unidos na fé e unidos
entre nós.
- ASSUNTOS GERAIS DA FÉ: Fora a pessoa e obra do Deus
Triúno, há vários assuntos periféricos da fé que aparecem no Novo Testamento.
Todos esses assuntos se forem
enfatizados, causarão divisões e problemas entre os filhos de Deus. Nesse
caso, temos praticado ser gerais como Paulo encoraja em Romanos, cap. 14.
Nesse item se encontram: a questão do véu, das línguas e dons espirituais,
a imposição das mãos, a forma como o batismo deve ser realizado, a forma e
periodicidade como a ceia deve ser realizada, se o arrebatamento ocorrerá
antes, durante ou depois da grande tribulação, sobre o milênio, sobre como
devemos nos vestir, sobre como deve ser conduzida uma reunião da igreja, a
salvação se perde ou é eterna etc. A respeito desses assuntos não podemos
ser conclusivos dizendo que isso está certo e aquilo está errado. Podemos
(e devemos) expressar nosso ponto de vista, mas devemos deixar para cada
irmão e irmã tirar suas conclusões, de acordo com a consciência de cada um
e da medida de fé que alcançou. Não devemos discutir a respeito desses
assuntos, nem insistir neles, porque eles não vão tornar alguém mais ou
menos santo, nem mais ou menos amado pelo Senhor. A insistência ou a ênfase nesses assuntos gerais da fé, contudo,
irá causar divisão entre os irmãos e o dano será cobrado pelo Senhor
daquele que gerou a contenda. Se um pequenino se perder por causa
dessas questões, teremos de dar conta diante do Senhor (Lc 17:2). Toda nossa ênfase deve ser levar os
irmãos a estarem EM CRISTO, amando a DEUS sobre todas as coisas e
amando o próximo, porque Deus é amor.
- ASSUNTOS RELACIONADOS À PRÁTICA DA IGREJA: Cada grupo cristão pratica a vida da igreja de uma forma peculiar
em sua cidade, segundo a orientação do Senhor e a própria estrutura e
tamanho da cidade. Há irmãos que gostam de cantar muitos hinos; há
irmãos que gostam de pular e festejar; há irmãos mais quietos que gostam
de meditar e orar; há irmãos que gostam de ouvir e pregar mensagens
longas; há irmãos que não gostam de ouvir mensagem, mas gostam bastante de
compartilhar nas reuniões; há irmãos que acham que as reuniões devem ter
dia e horário fixo e há outros que não acham necessário. Todas essas
questões são relacionadas à prática da vida da igreja e não dizem respeito
à fé, nem no sentido específico, nem no sentido geral. Nessas questões não
há ensinamento nenhum no Novo Testamento, mas tudo deve ser feito para a
edificação (1 Co 14:26). Nenhum
irmão tem o direito de sair de sua cidade e influenciar outra cidade no
sentido de que “copie” determinada prática. Algo que foi adotado por uma
cidade, pode ser totalmente inadequado para outra. Assim como Deus tem uma
forma peculiar de tratar cada pessoa, cada igreja também tem uma forma
peculiar de lidar com questões relacionadas à prática.
- DEIXAR-SE LEVAR PARA O QUE É PERFEITO (Hb 6:1; 2 Pe 3-11): Como
filhos de Deus, temos a necessidade de buscar diante do Senhor os melhores
ensinamentos e as melhores práticas, com o auxílio de todos os santos,
para que não nos tornemos inativos ou infrutíferos. Todo ensino saudável
tem como objetivo enriquecer nossa experiência com a vida divina, e nunca
deveria ser tratado como um fim em si mesmo. Além disso, essa vida que
está em nós espontaneamente cresce, mas também deve ser regada através de comer
e beber de Cristo, alimentar nossos conservos e desenvolver os
dons até tornarem-se ministérios para que outros sejam aperfeiçoados. Por um lado não insistimos em doutrinas
ou práticas, mas por outro estamos abertos para as experiências e pontos
de vista do Corpo de Cristo, para que possamos ser aperfeiçoados.
- O LIMITE DA GENERALIDADE: Quando falamos de receber
todos os filhos de Deus, sem discutir os assuntos gerais da fé, isso não
implica sermos cegos, já que o Novo Testamento traz algumas situações em
que temos de usar nosso discernimento no espírito quanto a grupos ou
pessoas que podem prejudicar os filhos de Deus:
Aquele que negligencia em ouvir a igreja (Mt
18:15-17). Aqueles que causam divisões
(Rm 16:17; Tt 3:10). Aquele que não quer abandonar o pecado (1 Co 5). Aquele
que vai além da doutrina de Cristo (2 Jo 9).
Resgatando a centralidade de Cristo na nossa vida individual e coletiva,
estaremos alicerçando nossa fé em um firme fundamento. Após isso, podemos
compartilhar esse Cristo experimentado uns com os outros – e isso produzirá
edificação. Enquanto compartilharmos e
insistirmos com doutrinas e práticas, causaremos mais e mais divisões, mas
quando compartilhamos nossas experiências de Cristo, estaremos edificando com
bons materiais: ouro, prata e pedras preciosas.
(Texto adaptado de http://igrejanoslares.com.br por Alexandre Araújo)

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